Ciro Fernandes, um paraibano que nasceu em 1942 em Uiraúna (PB). La ele aprendeu a amar o trabalho artesanal. Sua arte traz até hoje um profundo respeito sobre o artesanato.
Foi menino de engenho e lá, nas mãos do seu tio e nos dedos ágeis do instrumentista Chico de Marocas, aprendeu o trabalho artesanal.
Também foi operário e pintor de bois em paredes de açougues. Começou sua carreira pintando preços em cartazes de lojas no Rio de Janeiro. Foi quando iniciou com a publicidade. No Rio, começou seu caminho de volta ao sertão na feira de São Cristóvão, fazendo xilogravuras gratuitas para os poetas de cordel.
Ciro aprendeu com o mestre José Altino, de João Pessoa, os segredos da xilogravura, que, no Nordeste, é feita em casca de cajá e de imburana (pequena árvore da caatinga preferida pelos artistas por causa de sua constituição mole).
Ciro, então, largou tudo e voltou à trabalhar como artesão e artista onde expressa sua generosidade ímpar e sua filosofia de vida mansa na base do "viver e deixar os outros viverem".
Escreveu poemas, que ilustrou, resultando no livro “A rua”, que trata de situações ocorridas na Lapa Carioca e na feira de São Cristóvão, onde aos sábados e domingos os nortistas e nordestinos se reúnem.
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